PRIMEIRO PRÉMIO 2018
Autor: Aleksandr Soljenitsin
Tradução: António Pescada
Editora: Sextante Editora - 2017
SINOPSE
Escrito clandestinamente de 1958 a 1967, o manuscrito de O arquipélago Gulag foi descoberto pelo KGB em 1973, na sequência da prisão de Elizabeth Voronskaïa, uma colaboradora de Soljenítsin que o dactilografava. Na sequência disso, Soljenítsin, que tinha sido galardoado com o Prémio Nobel em 1970, decide publicar o livro no exterior. Uma primeira edição em russo é publicada em Paris ainda em 1973 e depois finalmente a edição francesa, no verão de 1974. Soljenítsin fora entretanto preso, acusado de traição, despojado da nacionalidade soviética e enviado para o exílio, onde estará vinte anos, até ao seu regresso à Rússia em 1994.
Para realizar este extraordinário livro, Soljenítsin foi ajudado pelo testemunho de 227 sobreviventes dos campos do Gulag. O livro agora publicado pela Sextante, no âmbito do projecto de edição em língua portuguesa das principais obras do autor, é a versão abreviada, num só volume, preparada por Soljenítsin e por sua mulher, Natália, com o objectivo de tornar mais acessível este livro aos leitores estrangeiros e a novos leitores. Traduzida directamente do russo por António Pescada, eis pois uma obra excepcional, um livro de combate contra o totalitarismo de face Estalinista, um livro que ainda hoje nos queima as mãos.
Não esqueçamos as palavras de Soljenítsin: «Devemos condenar publicamente a ideia de que homens possam exercer tal violência sobre outros homens. Calando o mal, fechando-o dentro do nosso corpo para que não saia para o exterior, afinal semeamo-lo.»