Autor: Teresa Seruya
Edição Universidade Católica Editora
Com esta colectânea de iniciação a uma história da tradução em Portugal pretende-se, por um lado, chamar a atenção para a inexistência dessa história, uma lacuna notória na nossa cultura, por outro, reflectir sobre as suas condições de possibilidade. O Estado Novo, regime ditatorial bem delimitado no tempo, e próximo de investigadores e leitores ainda hoje, revelou-se um laboratório adequado à definição e análise de corpora de traduções, de políticas editoriais, de públicos, bem como à experimentação de metodologias de investigação específicas do objectivo a atingir.
Os estudos incluem reflexões sobre historiografia da tradução, mostram a construção do projecto Intercultural Literature in Portugal 1930-2000: a Critical Bibliography, tratam tópicos concretos como as colecções de literatura traduzida, o (des)interesse por literaturas extra-europeias, a tradução depois da Revolução, a tradução dos Discursos de Salazar, tradução e Censura à Guerra Civil de Espanha, ou a autores como Brecht e Simone de Beauvoir.
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Teresa Seruya é Professora Catedrática (Aposentada) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde ensinou Literaturas e Culturas de língua alemã, História e Teoria da Tradução e Comunicação Intercultural. É Investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura (CECC) da Universidade Católica Portuguesa, onde dirige o projecto “Intercultural Literature in Portugal 1930-2000: a Critical Bibliography”, e outro sobre “Tradução e Censura durante o Estado Novo”.É tradutora de literatura alemã e tem numerosas publicações sobre literatura e cultura de expressão alemã, sobre literatura e migração, estudos de tradução e história da tradução em Portugal.